quinta-feira, 9 de março de 2017





Esta é a forma que eu encontro para homenagear esta equipa, "Os Amigos do Pedal de Vila Nova de Famalicão", que ano após ano melhoram o Duatlo mais concorrido em Portugal.
Podiam colocar-se à sombra da Bananeira, que porventura será das poucas árvores que não existem neste anfiteatro natural, palco e sede desta prova, talvez uma das jóias da coroa de Famalicão, O Parque da Cidade, mas não, todos os anos melhoram. Todos os anos surpreendem. E este ano não foi diferente, pormenores que elevam cada vez mais a fasquia.
Uma pequena parte desta equipa enorme.
Mas além de organizarem a prova não se esquecem da solidariedade e apoiam na divulgação de projetos válidos. Este ano a Refood esteve presente para recolha de alimentos. Poderão ler mais informações sobre esta comunidade aqui, e podem ajudar como Voluntários inscrevendo-se aqui.
A equipa da Refood de Vila Nova de Famalicão.
Este ano a minha participação tinha que ser diferente. E porquê? Porque sempre fui a solo e gostava muito que a minha filha fizesse estafeta comigo. O objetivo era sentir o ambiente que se vive num evento como este e depois porque eu detesto correr, não é o meu tendão de aquiles desportivo, pode é dar-me cabo do meu tendão de aquiles.
Numa primeira fase ela foi muito perentória na resposta, "Quero!". Com o decorrer do tempo e a minha insistência para treinar, começou a esvair-se a vontade, cresceu até alguma resistência que com o apoio da mãe foi sendo vencida.
O Duatlo até conseguiu colocar uma família a treinar corrida, que além de saudável (nas doses corretas) era uma forma muito agradável de passar alguns serões. Os nossos treinos ocorriam sempre em horas mais tardias.
Para nos ajudar a atingir os objetivos, e visto que ninguém na família corria, utilizamos uma aplicação da Red Rock Apps, chamada corrida, que tem vários treinos mas 3 especificamente para as seguintes distâncias, 3, 5 e 10Km's. Existe para Android e IOS. Aconselho vivamente a experimentar. Nós fizemos a de 5 Km's e ajudou a retomar a atividade. São 3 treinos por semana durante cerca de 8 semanas.


Com treinos ou sem treinos, era necessário aferir a capacidade da minha filha em cumprir a distância de 5 Km's. No sábado lá fomos pelo percurso da corrida avaliar a sua condição física.

Terminada esta fase decidimos que seria eu a começar a corrida, fazer os 5 km mais o BTT e a minha filha faria a última fase da corrida de 2,5 km.
Nesse sábado já lá encontramos o Paulo Machado Ruivo a ultimar os pormenores para tudo estar perfeito no dia seguinte.
O secretariado estaria aberto de tarde e no dia da prova. Fui levantar o dorsal no domingo, que trazia o dorsal, o chip e o nº de dorsal para fixar na Bike. Fazia também parte do saco, entregue no secretariado, umas meias, umas bolachas Vieira de Castro e uma Manga com diversas utilizações. Mesmo no secretariado a calma imperava, assim como a simpatia.


Como previsto a prova iniciou às 10h30, o ambiente estava frenético e animado, a ansiedade já tomava conta dos participantes.



O ritmo imposto no inicio foi superior ao ano transato.
Os cerca de quatrocentos atletas moldavam a estrada em direção ao centro da cidade, apresentando uma imagem digna de registo. 

O público ajudava a festa, aplaudindo e incentivando todos a fazer melhor. 

A forma como as autoridades resolveram os bloqueios nas estradas, onde decorria a prova, mostrou uma capacidade de organização fora do comum. Com o timing correto diminuíram o impacto negativo que um evento destes pode trazer para o dia-a-dia do cidadão comum. Um aplauso para esta decisão.
Voltando à minha prova, decorria da forma que eu estava à espera... com muita dificuldade. A corrida e eu não nos damos de feição :-(. Mesmo assim este ano senti-me melhor preparado pessoalmente, mas os restantes atletas também!!! Ou seja em relação ao ano anterior, apesar de estar a correr mais, acho que tinha menos gente atrás de mim!!!
De qualquer forma lá cheguei ao parque de transição.
O parque de transição é uma das imagens emblemáticas desta prova porque está assim às 09h00

 depois da partida é assim:

e durante a prova de BTT é assim:

só vemos os cestos lá depositados.
Voltando à secção de BTT, a expectativa de surpresas era diminuta, o trilho não seria muito diferente do ano transato...pensava eu! Quer dizer aquela subida no inicio era igual!!! Paulo Machado Ruivo, quando mandas planar aquilo! Aquela subida é BRUTAL, no sentido literal da palavra. Bruta mesmo!!! Passando à frente. O percurso a partir daqui, apesar de pisar muitos dos Trilhos já passados anteriormente eram percorridos em sentidos diferentes o que dava uma sensação de Trilho completamente diferente e passo a descrever:
Bem a subida recuso-me a descrever...
depois de passar a Variante nascente de Famalicão, virávamos à dta e aqui encontramos um pormenor que faz com que se separe o trigo do joio. Ponto de hidratação.

Água simples, não é necessário mais nada, mesmo a chover! Este pequeno pormenor faz uma diferença abismal em relação às organizações que se escondem atrás da fama e apenas querem saber de números de inscrições. Preocupação com o atleta e a sua condição física.
Seguíamos para a R São Tiago e entrávamos na vinha da Quinta das Lagoas em direção à R Sagrado Coração de Jesus que só pisávamos a berma, já que através de uma curva em U seguíamos para um trilho de bosque que iria dar à R Quinta das Lagoas, onde recebíamos incentivos constantes dos moradores. R Outeiro era o nosso destino para depois entrar no Pinhal de Pidre, uma das zonas mais bonitas do percurso.
Entrávamos na R Pidre para após, cerca de 800m, entrarmos noutro bosque com um singletrack muito bem conseguido que fazia ligação à R Nova de Quintão, descíamos a R Zeferino Rodrigues Carneiro para entrar nas traseiras da Quinta do Xisto, aqui vou colocar algumas imagens:









Nesta zona, que tinha bastante lama, os meus novos pneus 2.3 da Specialized, faziam milagres, já que maior parte dos companheiros tinha alguma dificuldade em controlar as suas bikes, eu sentia uma progressão e controlo da bicicleta acima do normal para as condições de aderência.
Saindo da quinta do Xisto tínhamos uma descida digna de registo, mais uma entrada noutra quinta privada para acesso à R Fornelo e posteriormente uma subida acentuada mas curta na R Dr. Francisco Alves. Atravessávamos a auto estrada, virava à dta para a R Nossa Sra Fátima e dta de novo para entrar num bosque através dos terrenos de uma fábrica. Percorríamos trilhos até à praceta de Murgeira e através de um campo seguíamos até à R da Murgeira, atravessar a Variante nascente e começávamos a descer até ao parque da cidade, aqui mais uma volta e toca a andar.

Faltava apenas a transição para a estreia da minha filha em provas desportivas. Parecia que estávamos a lutar pelos lugares cimeiros, com a mãe do lado de fora a apoiar e lá ela partiu para os últimos 2,5 km, com a vontade de agradar ao pai, fez o percurso de uma forma célere. Objetivo cumprido.

Balanço muito positivo já que a presença da minha filha tornava já esta prova uma vitória. Mas como também temos acesso aos tempos, aqui vai:

Onde perdi mais tempo foi na transição da corrida para o BTT e na secção do BTT. Na corrida dos 2,5 km, temos que dar os parabéns à Ana Luís que gastou menos de metade do tempo que eu gastei para os 5 km.
Já inscrito como Trilhos de Braga, novo projeto que ainda está na sua concepção inicial, mas que já tem uns jerseys idealizados, fica aqui em primeira mão as maquetes provisórias.


Em conclusão, uma manhã bem passada, com a família à volta, com uma organização excelente, um ambiente fenomenal e fotos com fartura. Um agradecimento especial para os fotógrafos Dinha e Freitas de onde retirei maior parte das fotos.

Abraço XTR