sábado, 26 de maio de 2018

O convite surgiu há cerca de 1 mês. Mal vi o programa não hesitei.
Passeio com febra ou bifana no final, sobe logo nas listas das prioridades. Passeio guiado é outro fator que conta para o ranking das preferências. Com cariz solidário, o carimbo de selecionado é logo colocado. Organizado por amigos, cereja no topo do bolo.
O Passeio Agrifer - Energizeme.pt 2018 teve já edições anteriores, que era uma forma de juntar um grupo de amigos e dar uma volta. Este ano, a pedido de muitas familias, foi alargado à comunidade ciclista. Interessante que um dos post iniciais do Francisco Ferreira, ressalvasse o facto de não querer concorrer com os muitos passeios organizados, que os diversos grupos de Braga organizam. Mas desde já devo dizer que me diverti muito mais neste passeio, do que em muitos que tem uma organização compexa.  Este passeio é feito por um grupo de amigos, para um grupo de amigos e para celebrar essa amizade.
Mas o que interessa é o relato deste dia que foi fabuloso.
A Agrifer deu o apoio logistico. O percurso foi delineado pelo Nuno Oliveira, mentor do NUNORPM e ENERGIZEME.PT. Francisco Ferreira, CEO da Agrifer, que também andou no terreno, ficou com a responsabilidade de dirigir a logística.
 A AGRIFER como empresa que comercializa máquinas e equipamentos há 50 anos e com mais de duas dezenas de trabalhadores é uma referência na região, um pequeno vídeo da empresa:
O Nuno Oliveira é já também uma referência do RPM há 50 anos!!!! Desculpem, 50 anos nada, queria dizer há muitos anos.:-()
É o mentor do projeto ENERGIZEME.PT e um dos principais dinamizadores do RPM em Braga.
O percurso foi desenhado à volta do Cávado, com uma pequena variante para os Bravos, em direção ao Monte do Facho.
Por motivos ecológicos, a organização não colocou fitas. A MAXIMUS TEAM ficou com a responsabilidade de guiar o passeio. Na zona do Facho o Guia era o Nuno RPM, como podem imaginar, qualquer subida iria ser ponto de sprint.
Mas vamos ao inicio. Inscrições nas Instalações da Agrifer, que recebeu cerca de uma centena de amigos vindos de todo o lado. Braga, Guimarães, Famalicão e Boticas.


Zona de Inscrições


Informações importantes e os dois homens que pensaram e colocaram de pé este encontro de aficionados das bicicletas.


A AGRIFER através do seu Fundador ofereceu um cheque de ajuda à Carolina. Bem Hajam!





Após a incursão por estrada, iniciamos o percurso pelos caminhos de Santiago. Toda esta zona foi muito agradável, já que o ritmo não era elevado.

A conversa era colocada em dia e percorremos diversos caminhos das freguesias de Palmeira e Merelim, com passagem por bosques lindissimos e antes de atravessarmos a Ponte de Prado, percorremos um trilho junto ao cávado com vista para a Praia Fluvial de Prado.


Este Jipe de um elemento da Organização esteve em 5 locais diferentes, sempre com o propósito de fornecer água, apesar de este passeio ser em autonomia. Desde já um agradecimento especial à organização, por este extra e a este amigo que foi incansável na preocupação e até no pormenor, nos últimos abastecimentos tinha gelo para colocar nos bidons.
PARABÉNS


Uma das muitas paragens que a MAXIMUSTEAM, fez para reorganizar e reagrupar todos os participantes.


A partir daqui foi mais rolante e com maior intensidade. Chegados a Areias, zona de separação dos grupos. Facho seguiam com o Nuno, regresso iam com a MaximusTeam.
Eu fiquei como o tolo no meio da ponte, que por acaso até estava perto e se atravessasse significaria, abastecimento, feveras mais cedo, menos esforço, mas... eu nunca tinha ido ao facho e esse foi um motivo forte para seguir atrás do Nuno.
Logo de seguida arrependi-me porque comecei a ver aquela malta toda em aceleração continua e isso deixava-me preocupado, subir e aceleração, é um verbo e um conceito fisico que não conjugam para mim, ou seja se sobes a gravidade diminui a velocidade e por isso, para mim subir significa uma aceleração negativa. Mas lá fui.


O Facho é duro mas é fantástico, pelos trilhos, pelo espaço e acima de tudo pelo desafio que é subir até ao ponto mais alto do Monte.



Lá em cima descansava-se e tiravam-se selfies para a posteridade. 



Na hora do regresso queria singletraks mas o plano era descer por onde subimos.
Um amigo que conhecia bem os trilhos do Facho encaminhou-me para a pista de Enduro e tal como uma criança, lá fui, todo contente, com saltos, S's, Drop's e até pontes em madeira. A verdadeira delicia de quem gosta de descer. Valeu a pena subir o Facho porque esta descida era brutal. Ainda me disse que havia mais!!! Assim sempre lá vou voltar.
Descida terminada a sede apertava e o primeiro pit stop foi no café em Areias, chá de cevada e um bolo para ajudar. Ainda passavam os últimos amigos que vinham do Facho.
Retornamos à estrada e após passar a ponte fomos pelas margens do cávado. Aqui foi o momento em que nos separamos do grupo e saltamos o abastecimento, que tinha BOLAS DE BERLIM, como pude falhar este pit stop oficial.
Como conhecíamos o trilho fomos tentando apanhar o grupo. Sem sucesso e então em Ruães, lá fizemos novo Pit Stop para mais um chá de cevada e lupulo e novo bolo.
Já se cheirava imaginariamente as bifanas que o Francisco nos tinha prometido. 
Fomos em direção à ponte de Prado, sempre pelas margens e as paisagens continuavam belas.




Após esta passagem, lá encontramos de novo o Aguadeiro com o seu jipe e o pormenor do gelo.
Afinal ainda havia gente para trás de nós.
A partir daqui foi sempre em  velocidade de cruzeiro até à AGRIFER.

Nada melhor do que estas fotos para descrever o que nos esperava:


Para terminar gostava de agradecer à AGRIFER por se associar a este desporto que é fabuloso e principalmente aos mentores deste projeto conjunto, Nuno e Francisco. A preocupação que tiveram com as pessoas que receberam, rotularam com selo de qualidade elevada o vosso Passeio. Passeio, na realidade não desvirtuaram este conceito, tornando a tarde muito agradável e com vontade de repetir. Mas como guia não podem escolher um ciclista elétrico...
:-D

ABRAÇO XTR

quarta-feira, 9 de maio de 2018


Hoje foi dia de mais um Duatlo Cross de Famalicão. Este a contar para o campeonato nacional!! A contar para o campeonato nacional?... poderia ser um entrave para participar, mas não, esta organização preocupa-se em convidar toda a população desportiva de Famalicão e arredores e tem muito prazer em bem receber quem vem de fora, independentemente se é atleta de elite, se é atleta amador ou até se é atleta de fim de semana. Gosta que as pessoas se divirtam, que gostem daquilo que eles preparam para nos receber e isso é que torna esta participação normal, independentemente se conta para o nacional ou até para o mundial.
E esta participação, para mim, tornou-se mais especial, porque a minha filha mais nova aceitou o convite de acompanhar o pai nesta maluqueira.
Ela a pensar "no que me fui meter!!!"
Esta parceria começou há 3 semanas e os treinos supostamente começaram na mesma semana, mas as aulas, a patinagem e a agenda social começou a minar a frequência dos treinos.
A confiança não ficou abalada, mas eu tinha de perceber se ela conseguia fazer a corrida toda, ou se eu teria que começar a corrida, fazer o BTT e ela apenas fazia os 2,5km finais.
Optamos por esta segunda versão, porque a corrida final, para primeira experiência, era mais que suficiente.
Inscrição feita, sábado foi dia para levantar os dorsais. 

Domingo, a família, em dia da mãe, levantou-se cedo, deu um beijo à Mãe e lá partimos todos para Famalicão. A Mãe e a Irmã que não iam participar, não podiam faltar para apoiar a Luísa, assim como a Nikita, uma poderosa Beagle que quando vê um pincher até pincha (piada caseira):-D.

Chegados ao local, tivemos logo uma receção do Paulo Machado Ruivo, que representa bem tudo o que eu disse sobre a arte de bem receber desta equipa.
Começamos a preparar a participação e a zona de transição começava a ganhar cor. 



Festa já se sentia e o nervoso miudinho da Luisinha era já evidente. 



A partida era já ali, mas a vontade não era muita. Correr 5 Km não é para mim e este seria o primeiro treino oficial na distância, por isso... a apreensão tomava um pouco conta do meu estado de espírito.

Sem esforçar muito tinha que tentar fazer cerca de 5 min por km.
O primeiro Km saí com algum velocidade que fui perdendo ao longo do caminho. O último km já inclui a paragem na Zona de transição e o início do BTT.
Isto foi resultado de uma confiança elevada nas minhas capacidades em termos de resistência que fui ajustando ao longo do percurso de corrida, embora confesse que me senti mais à vontade do que no ano anterior.
Tenho também a convicção que todos os restantes participantes estavam melhor preparados do que em anos transatos.



Agora a passagem para o BTT com o apoio da familia foi pacífico, e aqui sim, tinha muitas expectativas.
A primeira, não conhecia o percurso e gostava de saber como é que me iam surpreender! A segunda, no BTT esperava conseguir melhores resultados do que no ano passado. A terceira, na última secção do BTT, esperava conseguir ultrapassar muitos companheiros de prova, não para ganhar, mas para fazer melhor tempo do que em 2017.
Quanto a esta última expectativa aqui estão os resultados:
 Melhorei o tempo do BTT mas também foram menos km e as corridas até foram razoáveis. Para quem não treina não foram nada más. Por consequência a segunda expectativa foi atingida mas acho que à custa de uma menor kilometragem...
Agora, em relação à primeira, nunca na vida pensei que a organização me fosse surpreender tanto, mas de uma forma estonteante mesmo!!! Fiquei siderado com a surpresa!! 
E perguntam: -O que é que te surpreendeu?
-O desenho do percurso? Sim, o desenho surprendeu-me muito, porque, mais uma vez, conseguiram montar um percurso que beliscou 2 estradas nacionais e apenas atravessou 2 ou 3 estradas municipais, o que em Famalicão é de louvar. Mas não foi por isso que fiquei siderado!
-A qualidade do percurso? Sim, também a qualidade do percurso era fantástica, quintas, caminhos rurais, bosques, um entrelaçado de ligações que me provocaram uma "inbeja voa". Mas também não foi isso que me provocou estonteamento!
-As marcações? Não, as marcações dos AdP, já não me surpreendem, a equipa que monta este evento tem uma quantidade e qualidade que se espera sempre o melhor.
-As descidas? Não, isso também não. Aliás, aproveito já para dar uma achega à organização que é: a corrida deve acabar no cimo de um monte, depois a descer a gente entende-se :-).
O percurso prometeu logo no inicio, tinha uma descida em que eu abusei, mas depois era muito sobe e desce e o meu organismo tem alguma dificuldade em assimilar essa alternância constante de acumulado descendente e ascendente. Mas as que existiam eu gostei muito.
-A equipa de apoio? Sim, também me surpreendeu, porque ano após ano vai aumentando. A quantidade de pessoas que se vão juntando a esta organização aumenta a sua qualidade. Mas aqui, ainda faço uma ressalva que tem como destinatários todos os proprietários das quintas, empresas, terrenos e casas privadas, que além de deixarem o evento passar, associam-se à festa a incentivar e a orientar. Brutal! Mas, ainda não foi isto que mais me surpreendeu.
Além de tudo que me perguntaram, aquilo que realmente me deixou espantado e mais me surpreendeu neste Duatlo foi mesmo quando, ao Km 10, ultrapassava um companheiro e eu já achava a distância um pouco longa, questionei-o:
-"Amigo, Este ano não vamos dar 2 voltas? - resposta imediata - Naaam (... a pensar de onde é que este gajo me saiu) ,este ano é linear...
Eu a poupar-me para a segunda volta, já a chamar nomes ao Paulo Machado Ruivo porque achava que tinha colocado muitas subidas para fazer 2 vezes, e só tenho que dar uma volta!!!!! Só neste momento é que percebi porque é que a filha do Paulo Machado Ruivo, que estava a dar musica à malta quando chegava à Capela de São João da Pedra Leital, no final da primeira subida me disse "...esta já está". 
Eu a pensar que ela já tinha herdado os genes do pai que, quando se queixam das subidas, ele diz, já está quase!... e não está, ainda falta outro tanto :-D.
Fiz estes km's a rir-me sozinho e a pensar:
"realmente Luís, tu gostas tanto de competir que até te metes numa cena sem saber ao que vens!"... afinal eu vim foi para a festa.
Entretanto continuei a fazer o percurso, que era muito bom.
Zonas que eu mais gostei


-A Capela de São João da Pedra Leital
Diz a sabedoria popular que as grávidas que quisessem garantir leite suficiente para amamentar os seus filhos, deveriam dirigir-se junto de um penedo existente nas proximidades da capela para aí fazerem o pedido às entidades divinas. A este facto deve-se o nome da capela.
-As Quintas em Requião
-A zona de Ninães que era muito bonita, com a descida nos penedos e o caminho rural entre campos de cultivo.
-O Bosque em Seide que tinham um S na parte final da descida para baixar a velocidade, antes de entrar num singletrack.
-A descida até ao Parque da Devesa que foi feita acima dos 60 km/h, obrigando a uma travagem de recurso para realizar o gancho à esquerda, antes de regressar à zona de transição, onde já estava a minha filha à espera.








 Na foto abaixo, já com aporte hídrico na mão, passeava a sua elegância na zona do passarinho,... :-)
Até terminar ia recebendo o apoio da família assim como de outros Famalicenses que assistiam.
O término da sua prova foi difícil, porque estava muito desgastada, não estava preparada para o calor que se fazia sentir. Mesmo assim fez um tempo muito bom, e principalmente usufruiu deste ambiente de festa e competição com prazer e com a promessa que volta para o ano. Temos que começar a treinar...

Um abastecimento final muito bem composto e com pontos de hidratação bem colocados durante o percurso.

Devo agradecer aos diversos fotógrafos, que estavam dispostos no percurso, e à minha filha Ana Luís, que foi tirando fotografias no Parque da Devesa.
Uma palavra para o Município de Vila Nova de Famalicão que apoia e participa neste evento de uma forma exemplar.
Uma palavra final para a organização, Parabéns pelo evento mas acima de tudo pela forma como elevam o nome da vossa cidade.
Em homenagem fecho com a foto dos
AMIGOS DO PEDAL
DE
VILA NOVA DE FAMALICÃO

ABRAÇO XTR PARA TODOS