Mostrar mensagens com a etiqueta estrelaebike. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta estrelaebike. Mostrar todas as mensagens

sábado, 27 de novembro de 2021

ESTRELA E-BIKE

https://www.instagram.com/estrela_ebike/



A frase que está no site da Estrela E-Bike, https://www.estrelaebike.pt/, descreve na perfeição este casal, sintonia, partilha e paixão pela Serra da Estrela. 

Como os conheci? Em outubro reparei que era publicado este Post:


Outono numa E-Bike. Título chamativo, cartaz bem feito e "coincidência", as nossas mulheres iam para Manteigas, nesse fim de semana, fazer uma caminhada. Todos os fatores estavam alinhados.
Fizemos inscrição, eu e o Avelino, ficamos a aguardar as confirmações.
No mesmo dia liga-me o Nuno Marcelo a confirmar as inscrições mas que devido a uma afluência maior de reservas ao Hotel da Vila, o alojamento estava lotado. Deu outras opções, nomeadamente a Casa das Obras, que eu já tinha em vista por conselho de um amigo.
Confirmei com o Marcelo a inscrição e fiz eu o aluguer do alojamento, tendo falado com a D. Amélia, proprietária de uma simpatia fantástica, que confirmou a reserva e ainda se disponibilizou para a guarda das bicicletas e do late check out, já que o passeio no domingo iria durar até às 13h.
Na sexta lá rumamos a Manteigas e após cerca de 3h45 chegamos ao destino. 
Primeiro fomos deixar as as nossas esposa aos seus aposentos e depois fomos fazer o Check In na Casa das Obras. 
Quem nos atendeu de uma forma espetacular foi a D. Cátia, que nos explicou os horários, a forma da entrada e ainda nos deu o seu contacto, no caso de ser necessário alguma coisa.
A Casa das Obras, é um solar Brasonado, carregado de história, (https://casadasobras.pt/wp/historia/), com localização central em Manteigas, quartos grandes, antigos mas muito confortáveis. Nesta altura bem quentes, que convinha.

A zona comum, além de uma sala com lareira, tinha uma zona de jogos e um pequeno bar. No piso superior zona de refeições e mais alguns quartos.










Como o pequeno almoço era servido só a partir das 08h30, falamos com a D. Cátia que acedeu de imediato e de uma forma muito simpática servir às 08h00, para que pudéssemos rumar à nossa atividade às 08h30, junto do Hotel da Vila, que ainda distava cerca de 400m.
Nessa mesma noite fomos experimentar a Queijaria de Manteigas, onde fomos muito bem atendidos, com bons queijos, bom fumeiro e bom vinho a acompanhar. Preço interessante para uma noite de conversa boa, acompanhada por um ambiente caloroso. Os 2 jovens que nos atenderam proporcionaram uma excelente experiência gastronómica, abrindo-nos o apetite com a descrição das opções que tínhamos. Dava vontade de lhes dizer, tragam! E acabou por ser isso que aconteceu, demos-lhes liberdade para trazer para a mesa aquilo que achavam ser o mais saboroso e que iríamos gostar de certeza.




O dia seguinte começou com o pequeno almoço na biblioteca!! É verdade na biblioteca. 
Na Casa das Obras, as refeições são feitas onde é a sala de jantar, a sala de estar e a biblioteca da casa. Na sala de estar tem 2 mesas com o numero do quarto a que correspondem, na sala de jantar tem uma mesa, grande, onde em cada ponta é colocada a indicação de mais 2 quartos e depois ainda tinha, se não me engano, 2 mesas pequenas para outros quartos e por fim a sala da biblioteca onde estava a nossa mesa elegantemente colocada, com todos os cuidados que a pandemia obriga mas com o pormenor da loiça antiga e guardanapos de pano. O ambiente era bucólico e ao mesmo tempo fantástico. Só as nossas roupas de licra e jerseys é que estavam lá a destoar. :-)




Iniciamos a nossa caminhada matinal até ao Hotel da Vila, onde estava instalado o Quartel General da Estrela E-Bike.






As E-bikes à nossa espera


Numa primeira paragem a caminho do Poço do Inferno, com o Nuno a explicar os diversos tipos de árvores que existem nesta zona.


Manteigas ao longe





O Coração de Manteigas



O Poço do Inferno.


O cafezinho da manhã com umas broas doces e bolo que a Júlia nos ofereceu junto ao Poço do Inferno.


















Depois de uma subida só faltava a manta e o lanche para apreciar as paisagens.




O pastor com o seu rebanho no Monte de de S. Lourenço. Uma conversa fantástica e uma vivacidade digna de apreciar e servir de exemplo.


A Rota das Faias possibilita a descoberta de algo novo e surpreendente a cada instante, desde a vegetação esplendorosa a paisagens fulgurantes, que juntamente com a agricultura e a pastorícia proporcionam um passeio perfeito para quem deseja conhecer a serra, as suas gentes e costumes.

Mais do que um trilho pedestre, a Rota das Faias é uma experiência sensitiva, onde os odores a rosmaninho, hortelã-brava, alfazema e tomilho se fundem com magníficos quadros que rodeiam o olhar de quem os observa.

A sua denominação advém do facto deste percurso mergulhar no interior de uma densa floresta de faias, plantada pelos Serviços Florestais de Manteigas no início do século XX.

Para além desta espécie, também há a destacar o castanheiro, a giesta, o Pinheiro-do-Oregon e os imponentes carvalhos monumentais que rodeiam a Capela de S. Lourenço, lugar de culto de reminiscências pagãs, relacionadas com a adoração das árvores e do Sol – no solstício de Verão, quem está em Manteigas vê o sol nascer sobre S. Lourenço.

Na paisagem natural sobressai o Vale Glaciar do Zêzere, em forma de “U”, a Torre, o Cântaro Magro, o Cântaro Gordo e as Penhas Douradas.

São Lourenço oferece uma vista panorâmica para o acumular de serras que se estende até Espanha. Em 1º plano surge a cumeada da Lomba das Cancelas, que limita a Beira Alta da Beira Baixa, e o Cabeço da Azinheira.

O contacto com a vida rural e pastoril é uma tónica presente ao longo do trilho, uma vez que o mesmo é utilizado por pastores para se deslocarem com o seu gado até aos locais de pastoreio, permitindo eventuais interações com quem percorre a Rota.

Os povoamentos florestais, os matos e as linhas de água presentes, proporcionam diversidade faunística. De salientar a existência de mamíferos como a raposa, a fuinha, a doninha ou o javali. Nas aves, o peneireiro, a coruja e o corvo. Os répteis são representados pela víbora cornuda, pela Lagartixa-do-mato ou pelo sardão

Este texto foi retirado da Rota das Faias que descreve na perfeição tudo o que sentimos e visualizamos nesta ascensão ao Miradouro, também encontram lá um gpx do trilho mais conhecido.
https://manteigastrilhosverdes.com/portfolio_page/faias/
As fotos descrevem o resto.






Chegou a hora de rumar ao almoço na sede da @Estrelaebike


Hora de colocar as Bikes a carregar, apesar de terem ainda muita carga.


E as fotos que se seguem documentam tudo aquilo que os meus viram e as minhas papilas gustativas apreciaram. Até me faltam as palavras. As imagens dizem tudo.





Até o Serra da Estrela do vizinho veio ver tal espetáculo... e se sobrava alguma coisita para ele.:-)


Iniciar o passeio da parte da tarde foi mais duro apesar da dificuldade ser menor, mas ninguém queria sair do almoço.


Nas Penhas Douradas fomos ver uma rocha de Quartzo



Aqui observamos a Casa de César Henriques.

Casa da Fraga, em ruínas, aninhada dentro de uns enormes penedos de granito (ou poios como por aqui se diz) que lhe servem de paredes e cobertura. Foi morada de César Henriques, o primeiro habitante das Penhas Douradas, que escolheu este local, em finais do século XIX, a mando do seu médico, o famoso Dr. Sousa Martins, para se restabelecer de uma tuberculose que o perseguia havia anos.

(extrato de texto retirado de https://casadesaolourenco.pt/wp-content/uploads/2021/01/PercursoPedestre_VoltaDasPenhasDouradas.pdf)









Chegamos a Manteigas já anoitecia e terminávamos o primeiro dia de passeio com cerca de 50 Km e com um acumulado de 1528m.


Antes de jantar, demos um passeio junto ao ribeiro da Vila que atravessa manteigas e foi requalificado, fazendo parte de um trilho que está bem identificado. Parabéns por este percurso.




O Jantar foi no Restaurante Sta Luzia e tenho que dar os parabéns ao Sr. Vinagre, dono do restaurante e a toda a sua equipa que foram inexcedíveis, estando constantemente preocupados com o nosso conforto e acima de tudo com o nosso apetite. A comida estava excelente e a cereja no topo do bolo foi a música ao vivo com que fomos brindados, que estava programada para aquele fim de semana do Festival da Feijoca. Curioso também foi saber que a Feijoca que é feita no Restaurante de Sta Luzia é toda produzida por agricultores locais, em Manteigas onde, conforme o Sr. Vinagre fez questão de frisar, é a melhor Feijoca do Mundo.
Obrigado Restaurante Sta Luzia por este momento memorável. 


Dia 2 - Vale Glaciar do Zêzere











Pausa para o café e fotos, com direito a explicação sobre o Vale Glaciar do Zêzere.





Aqui já perto do Covão D'Ametade com vista panorâmica para o Vale Glaciar



Brinde no parque de campismo do Covão d'Ametade na Base dos Cântaros Magro, Raso e Gordo







Aqui uma fonte de água cuja temperatura é constante 6º, independentemente da temperatura exterior. É uma fonte de águas profundas.




Terminávamos o segundo dia de passeio com cerca de 35 Km e com um acumulado de 931m.




Um agradecimento especial ao Avelino, que está sempre pronto para aderir a estas maluqueiras.



A este grupo uma palavra especial, À NOSSA!
Divertimo-nos, pedalamos, descobrimos coisas novas e acima de tudo confraternizamos que neste momento nos faz tanta falta.
Foi um prazer conhecer estas pessoas e partilhar esta experiência que foi mais do que física, foi uma experiência sensorial em que o olfato, o tato, a audição, a visão e o paladar, foram constantemente inundados por estímulos prazerosos e viciantes ao ponto de provocar saudade sem ainda ter terminado.
Tudo por culpa deste Casal de Alentejanos que gosta do que faz e sente prazer em receber bem.
As últimas palavras vão para a Júlia e o Nuno da @estrelaebike, obrigado pelo excelente fim de semana e pela vossa generosidade.



ABRAÇO XTR